- Especialista recomenda cuidado com peso, regulagem e forma de carregar
Na hora de renovar o material escolar para o ano letivo, um item que é
sempre aguardando com ansiedade pela criançada é a nova mochila. De
diferentes modelos e tamanhos, trazem estampas coloridas, penduricalhos e
divisórias que agradam dez entre dez estudantes. O problema é que
dentro desses acessórios pode haver mais material do que o necessário,
forçando o aluno a carregar uma carga maior do que pode suportar. A
situação é alertada pelo especialista Rondineli Barros, professor do
curso de Fisioterapia do Unifeso. Além do peso, pais devem estar atentos
também para a regulagem e para a forma que é carregada. Nem os modelos
de ‘rodinhas’ podem ficar isentos da atenção dos responsáveis.Modelo
Barros explica que os cuidados devem começar na hora da escolha do modelo. “A sobrecarga das mochilas é a que provoca os principais males para crianças. Hoje temos uma diversidade muito grande de modelos de mochilas para crianças e alguns pais compram modelos inapropriados até por conta do pedido do filho, que quer a da moda, daquele desenho predileto. Infelizmente algumas não são adequadas e provocam males”, explica.De acordo com o fisioterapeuta, o peso total da mochila não de ultrapassar 10% do peso da criança. “Uma criança de 30 quilos deve carregar no máximo três quilos. Temos que realmente observar isso e também testar vários modelos que são vendidos para crianças e ver quais são os mais adequados para cada situação”.
Os males provocados pelo peso excessivo das mochilas são as escolioses, que são desvios laterais para direita ou esquerda, e a sifose, que provoca curvatura no corpo para frente por causa do mau posicionamento e da sobrecarga.
Usar as duas alças
O hábito de carregar a mochila usando apenas uma das alças também deve ser combatido. “Não só entre crianças, mas também adolescente, adultos e idosos. Algumas pessoas têm esse hábito e pode sofrer com problemas de postura e de curvatura do eixo da coluna. Na verdade, provoca um enfraquecimento do eixo da coluna e dificulta até a parte respiratória ao comprimir o pulmão e todo o eixo cardíaco”, alerta Rondineli.Os modelos de mochilas que utilizam rodinhas e são carregadas lateralmente também requerem cuidados. “Hoje vemos essas bolsas com rodinhas que as crianças levam na rua. Alguns pais acreditam que possa eliminar totalmente o problema. Isso é não é verdade. Pode eliminar parte do problema porque o peso que ficava todo na coluna vai para o chão. Mas as crianças podem adotar uma má postura porque começam a puxar apenas de um lado”, aponta.
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